Sala da Assinatura

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Rafael - Sala da Assinatura

A Sala da Assinatura (em italiano: Stanza della Segnatura) é um dos aposentos, hoje chamados Salas de Rafael, situado no Palácio Apostólico no Vaticano. Foi a primeira das salas a ser decorada pelo pintor renascentista italiano Rafael, entre 1508 e 1511.

História[editar | editar código-fonte]

O ambiente leva o nome do mais alto tribunal da Santa Sé, o "Segnatura Gratiae et Iustitiae" (Assinatura da Graça e Justiça), presidido pelo pontífice. A julgar pelos temas dos afrescos, bem como pelas evidências relativas ao apelido da biblioteca superior em uso durante o pontificado do Papa Júlio II, presume-se que a sala se destinava a servir de estudo e biblioteca para o Papa; em todo o caso, imediatamente após a conclusão das obras, está documentado o uso que lhe deu o nome e desde 1513 o mestre de cerimónias apostólicas Paride Grassi designou a sala com o nome que ainda hoje mantém[1][2]

A decisão do Papa de se mudar para estes quartos do andar superior do Palácio Apostólico remonta a 26 de novembro de 1507 e esteve ligada à sua recusa em utilizar os espaços do Apartamento Borgia decorados por Pinturicchio, uma vez que não queria ser cercado pelas memórias de seu antecessor, Papa Alexandre VI.[3]

Inicialmente, Júlio II confiou a decoração das novas salas a um seleto grupo de artistas,[4] nomeadamente Luca Signorelli, Perugino, Jacopo Ripanda, Bramantino, Baldino Baldinelli, Cesare da Sesto, Sodoma, Lorenzo Lotto e Baldassarre Peruzzi. Rafael, provavelmente chamado por Bramante,[5] arquiteto da Fabbrica di San Pietro, trocou Florença por Roma no verão de 1508 e integrou o grupo "presumivelmente" ao lado de Sodoma nos últimos meses de 1508.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. De Vecchi, Pierluigi. Raffaello. Rizzoli, Milano 1975, pg. 100.
  2. La Stanza della Segnatura di Raffaello in Vaticano/.
  3. De Vecchi, Pierluigi. op. cit., pag. 100
  4. Francesco Albertini, em seu Opusculum de mirabilibus novae et veteris Urbis Romae, fol. Xiii (v) e Yi (v), publicado em 1510, fala de pintores concertantes, como que para sublinhar a harmonia do grupo. Shearman, que relata a passagem de Albertini, sublinha o fato de que ao fazê-lo Júlio II perpetua o método utilizado pelo seu tio para a Capela Sistina. Veja John Shearman, The Vatican Stanze: Functions and Decoration (1971), in: George Holmes (ed.), Art and Politics in Renaissance Italy. British Academy Lectures, New York, The British Academy and Oxford University Press, 1993 ISBN 0-19-726126-4., página. 195
  5. Cfr. la testimonianza del Vasari Arquivado em 2016-03-04 no Wayback Machine
  6. Cfr. la testimonianza del Vasari Arquivado em 2016-03-04 no Wayback Machine