Volutidae

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaVolutidae
Voluta musica Linnaeus, 1758, uma das espécies atlânticas de Volutidae, encontrada no Caribe.[1]
Voluta musica Linnaeus, 1758, uma das espécies atlânticas de Volutidae, encontrada no Caribe.[1]
Cinco vistas da concha de Cymbiola imperialis (Lightfoot, 1786), encontrada nas Filipinas e dotada de fortes projeções em sua espiral.[1]
Cinco vistas da concha de Cymbiola imperialis (Lightfoot, 1786), encontrada nas Filipinas e dotada de fortes projeções em sua espiral.[1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Volutoidea
Família: Volutidae
Rafinesque, 1815[2]
Distribuição geográfica
Os moluscos da família Volutidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
Os moluscos da família Volutidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
Gêneros
ver texto
Um espécime de Amoria zebra (Leach, 1814) coletado no Golfo de Tonkin, mar da China Meridional. Este é um gênero de Volutidae notavelmente distribuído pelas costas da Austrália.[3]

Volutidae (nomeadas, em inglês, volute -sing.[1] e, em português, voluta -sing.) é uma família de moluscos gastrópodes marinhos predadores[4], classificada por Constantine Samuel Rafinesque, em 1815, e pertencente à subclasse Caenogastropoda, na ordem Neogastropoda.[2] Sua distribuição geográfica abrange principalmente os oceanos tropicais da Terra (particularmente no hemisfério sul e notadamente na região do Indo-Pacífico), embora algumas espécies sejam adaptadas a ambientes mais frios, em profundidades de 10 até 300 metros, ou mais (podendo ultrapassar os 2.000 metros, até a zona abissal, o que torna algumas de difícil obtenção).[4][5][6]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Compreende, em sua totalidade, caramujos ou búzios de concha ovoide, subcilíndrica ou fusiforme, pequena ou atingindo tamanhos grandes (50 centímetros de comprimento)[7][8], às vezes coberta com esmalte e altamente polida, com desenhos e marcações coloridas, geralmente sobre um fundo de coloração arenosa, amarelada ou alaranjada; raramente coberta por um perióstraco, o que os torna populares entre os colecionadores.[1][6] Poucas espécies apresentam um opérculo córneo[7], de tamanho pequeno[6] (como no gênero Voluta)[3], e a maioria possui uma abertura ampla[5], com 3 a 5 dobras oblíquas, por vezes fortes, na região de sua columela (pregas columelares).[6][7] Protoconcha geralmente suave, arredondada, mamilar e poucas vezes aguda, podendo ser dotada de calcarella, às vezes atingindo três voltas.[6][9][10] O manto de alguns gêneros é capaz de envolver externamente a concha. A cabeça é pequena, larga e achatada, geralmente com um grande lobo central que, em alguns grupos, é dividido em dois, onde estão situados os tentáculos. Quando os olhos estão presentes, eles são pequenos e ficam na base dos tentáculos. O sifão inalador é grande e cobre a cabeça, se projetando de um curto canal sifonal. O é amplo e largo, utilizado na alimentação de moluscos e outros pequenos invertebrados marinhos.[6]

Classificação de Volutidae: subfamílias, tribos e gêneros viventes[editar | editar código-fonte]

De acordo com o World Register of Marine Species, suprimidos os sinônimos e gêneros extintos.[2]

Subfamília Amoriinae Gray, 1857
Tribo Amoriini Gray, 1857
Amoria Gray, 1855
Nannamoria Iredale, 1929
Paramoria McMichael, 1960
Tribo Melonini Pilsbry & Olsson, 1954 (= Cymbiolinae)
Cymbiola Swainson, 1831
Melo Broderip, 1826
Tribo Notovolutini Bail & Poppe, 2001
Notovoluta Cotton, 1946
Volutoconus Crosse, 1871
Subfamília Athletinae Pilsbry & Olsson, 1954
Athleta Conrad, 1853
Subfamília Calliotectinae Pilsbry & Olsson, 1954
Calliotectum Dall, 1890
Fusivoluta Martens, 1902
Neptuneopsis Sowerby III, 1898
Subfamília Cymbiinae H. Adams & A. Adams, 1853 (1847)
Tribo Adelomelonini Pilsbry & Olsson, 1954
Adelomelon Dall, 1906
Arctomelon Dall, 1915
Nanomelon Leal & Bouchet, 1989
Pachycymbiola Ihering, 1907
Tribo Alcithoini Pilsbry & Olsson, 1954
Alcithoe H. Adams & A. Adams, 1853
Tribo Cymbiini H. Adams & A. Adams, 1853 (1847)
Cymbium Röding, 1798
Tribo Livoniini Bail & Poppe, 2001
Ericusa H. Adams & A. Adams, 1858
Livonia Gray, 1855
Notopeplum Finlay, 1927
Tribo Odontocymbiolini Clench & R. D. Turner, 1964
Argentovoluta Vazquez & Caldini, 1989
Minicymbiola Klappenbach, 1979
Miomelon Dall, 1907
Odontocymbiola Clench & R. D. Turner, 1964
Tractolira Dall, 1896
Subfamília Zidonini H. Adams & A. Adams, 1853
Harpovoluta Thiele, 1912
Provocator R. B. Watson, 1882
Spinomelon Marwick, 1926
Zidona H. Adams & A. Adams, 1853
Zygomelon Harasewych & B. A. Marshall, 1995
Subfamília Fulgorariinae Pilsbry & Olsson, 1954
Fulgoraria Schumacher, 1817
Saotomea Habe, 1943
Tenebrincola Harasewych & Kantor, 1991
Subfamília Plicolivinae Bouchet, 1990
Plicoliva Petuch, 1979
Subfamília Scaphellinae Gray, 1857
Ampulla Röding, 1798
Scaphella Swainson, 1832
Volutifusus Conrad, 1863
Subfamília Volutinae Rafinesque, 1815
Tribo Lyriini Pilsbry & Olsson, 1954
Callipara Gray, 1847
Enaeta H. Adams & A. Adams, 1853
Harpulina Dall, 1906
Lyria Gray, 1847
Tribo Volutini Rafinesque, 1815
Voluta Linnaeus, 1758
Duas conchas de Cymbiola vespertilio (Linnaeus, 1758), espécie encontrada das Filipinas ao norte da Austrália.[1] Observe as pregas columelares presentes em sua abertura.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 212-225. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  2. a b c «Volutidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  3. a b c FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 148-156. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  4. a b SILVA, José António; MONTALVERNE, Gil (1980). Iniciação à Colecção de Conchas. Colecção Habitat. Lisboa, Portugal / Livraria Martins Fontes, Brasil: Editorial Presença. p. 73-74. 110 páginas 
  5. a b LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 74-76. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  6. a b c d e f Cledón, Maximiliano (setembro de 2004). «Reproductive biology and ecology of Adelomelon brasiliana (Mollusca: Gastropoda) off Buenos Aires, Argentina» (PDF) (em inglês). Alfred-Wegener-Institut. p. 5-7. 105 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  7. a b c d RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 135-138. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  8. a b «Melo amphora (Lightfoot, 1786) - diadem volute» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 31 de outubro de 2018 
  9. Wiggers, F.; Veitenheimer-Mendes, I. L. (novembro de 2008). «Taxonomic review of the genus Adelomelon (Gastropoda; Volutidae), based on type material» (em inglês). Brazilian Journal of Biology. vol.68 no.4. (SciELO). 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2018 
  10. «Adelomelon beckii (Broderip, 1836)». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2018