Wikipédia:Artigos bons/arquivo/Crise político-econômica no Brasil desde 2014

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A atual crise econômica no Brasil teve início em meados de 2014. Uma de suas consequências foi a forte recessão econômica, levando a um recuo no produto interno bruto (PIB) por dois anos consecutivos. A economia contraiu-se em cerca de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. A crise também gerou um alto nível de desemprego, que atingiu seu auge em março de 2017 com uma taxa de 13,7%, o que representava 14,2 milhões de brasileiros desempregados.

A crise foi acompanhada e intensificada por uma crise política, que resultou em protestos contra o governo por todo o país. Dilma Rousseff, presidente na época, que tinha sido reeleita para seu segundo mandato, foi afastada do cargo definitivamente em agosto de 2016, com a conclusão de um processo de impeachment, assumindo seu vice Michel Temer, que também foi alvo de protestos.

Entre as causas apontadas para a crise estão a já mencionada crise política e o fim do ciclo de alta dos preços das commodities no mercado externo, que afetou as exportações brasileiras e diminuiu a entrada de capital estrangeiro no país. Entretanto, a principal causa foi interna e está associada a medidas econômicas que não lograram os resultados esperados. Adotado partir de 2011, o conjunto de medidas conhecido como Nova Matriz Econômica, que incluiu políticas de forte intervenção governamental na economia, redução da taxa de juros, elevação de gastos estatais, concessões de subsídios e intervenção em preços, criou uma crise de sustentabilidade fiscal que se seguiu elevou o risco-país, a taxa de juros de longo prazo e a incerteza, o que reduziu o consumo e o investimento em 2015 e 2016. (leia mais...)