Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/História da biologia

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Estudo anatómico de um feto da autoria de Leonardo da Vinci, integrado numa série de estudos sobre a constituição da placenta. Durante o Renascimento, a colaboração entre artistas e naturalistas foi fundamental na divulgação de modelos visuais de anatomia.
Estudo anatómico de um feto da autoria de Leonardo da Vinci, integrado numa série de estudos sobre a constituição da placenta. Durante o Renascimento, a colaboração entre artistas e naturalistas foi fundamental na divulgação de modelos visuais de anatomia.

A história da biologia traça o estudo do meio vivo desde a Antiguidade até aos tempos modernos. Embora o conceito de biologia enquanto campo científico único e coeso só tenha surgido no século XIX, as ciências biológicas têm origem nas práticas ancestrais de medicina e de história natural que remontam à Ayurveda, à medicina do Antigo Egito e às obras de Aristóteles e Galeno durante a Antiguidade clássica. Esta tradição pioneira continuou a ser aperfeiçoada durante a Idade Média por médicos islâmicos e académicos como Avicena. Durante o Renascimento e no início da Idade Moderna, o raciocínio científico na Europa foi drasticamente alterado com a introdução do empirismo e com a descoberta de inúmeras formas de vida.

Entre as figuras de relevo deste movimento destacam-se Andreas Vesalius e William Harvey, introdutores do experimentalismo e da observação científica na fisiologia, e naturalistas como Carolus Linnaeus e Buffon, pioneiros da classificação das espécies e dos registos fósseis, para além de obras no comportamento e desenvolvimento dos seres vivos. A microscopia veio revelar o até então desconhecido mundo dos microorganismos, fornecendo as bases para a teoria celular. A importância crescente da teologia natural, em parte como resposta à ascensão da filosofia mecânica, veio a potenciar o crescimento da história natural, embora assumisse ainda o argumento teleológico do criacionismo. (leia mais...)