Avenida Presidente Vargas

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Avenida Presidente Vargas
Rio de Janeiro, Brasil
Avenida Presidente Vargas
Vista da avenida na altura da Central do Brasil. À esquerda o Palácio Duque de Caxias e, à direita, o Campo de Santana.
Nomes anteriores Avenida do Mangue
Tipo Avenida
Extensão 3,5 km
Início Rua Primeiro de Março
Cruzamentos Avenida Rio Branco
Rua Uruguaiana
Avenida Passos
Avenida Marquês de Sapucaí
Interseções Campo de Santana
Praça Onze
Canal do Mangue
Praça da Bandeira
Estado Rio de Janeiro
Cidade Rio de Janeiro
Bairro(s) Centro
Cidade Nova
Praça da Bandeira
Fim Avenida Oswaldo Aranha
Rua Teixeira Soares
Avenida Paulo de Frontin
Lugares que atravessa
Coordenadas 22° 54' 13.44" S 43° 11' 33.76" O

A Avenida Presidente Vargas é um dos principais logradouros do Rio de Janeiro e a principal via de acesso ao Centro do Rio para quem chega de qualquer ponto da Região Metropolitana.

História[editar | editar código-fonte]

Construção da avenida, em 1944.

Projetada por Getúlio Vargas, à época em que então era presidente do Brasil, enquanto a cidade do Rio de Janeiro ainda era Distrito Federal.

A avenida foi inaugurada em 7 de setembro de 1944. Para isso, inúmeros cortiços e casebres antigos, que faziam parte da zona do meretrício do Centro carioca, foram demolidos. Igrejas históricas como a São Pedro dos Clérigos e a São Domingos, também foram demolidas.[1] Diversas ruas foram extintas: Rua General Câmara, Rua Visconde de Itaúna, Rua do Sabão, Rua Senador Euzébio e Rua de São Pedro. A Praça XI de Junho foi descaracterizada, deixando de ser o centro da boêmia cosmopolita carioca.

Em seu primeiro quilômetro, as edificações tem seu entorno uma altura máxima padrão de 70 metros. Na época, a avenida foi inspirada em similares vias levantadas pelo partido Nazista na Alemanha, que eram conhecidos por seu rigor em padrões matemáticos.

Paço Municipal do Rio de Janeiro no final do século XIX, demolido para a construção da Avenida Presidente Vargas (Arquivo Nacional).

A avenida conecta a região da Leopoldina ao fim da Zona Norte à região da Igreja da Candelária em 3,5 quilômetros e quatro pistas de trânsito para veículos, cada pista contando com quatro vias para circulação dos veículos, sendo duas dessas quatro pistas no sentido Candelária, e as outras duas no sentido Zona Norte; tais pistas são irreversíveis. Ao meio da avenida, passa um canal do qual se desemboca o Rio Maracanã, nas proximidades da antiga Estação Leopoldina. Ele a segue em seu meio, até aproximar-se da Estação Central do Brasil, onde é desviado, dando lugar a um calçadão, que é ora para transeuntes, e ora para flores e árvores de pequeno porte.

A avenida é de suma importância para o centro da cidade do Rio de Janeiro, pois o corta perpendicularmente em sua maior parte, passando por importantes logradouros e vias, bem como Linha Vermelha e Avenida Brasil, nas proximidades da Zona Norte, e avenidas Rio Branco e Primeiro de Março, no sentido da Candelária. Elá dá assim, acesso às principais ruas do centro, e principais estabelecimentos comerciais. Podemos dizer assim que a avenida é a porta de entrada e saída do Centro, e liga indiretamente a Zona Norte, Sul e Oeste da cidade. Em outras palavras, ela é o "centro" do centro. Entre seus estabelecimentos, podemos destacar:

Cruzamento com a Avenida Rio Branco.

Por ser uma avenida de tamanho movimento, é servida por diversos meios de transporte, entre os quais podemos ressaltar:

  • Rodoviário: perto de seu final, às proximidades da Estação da Leopoldina, encontra-se a Rodoviária do Rio de Janeiro, e também é servida por diversas linhas e empresas de ônibus, vindas de todas as outras zonas da cidade
Estação Central do Brasil, vista da Avenida Presidente Vargas.

Corredor cultural[editar | editar código-fonte]

Às margens da Avenida Presidente Vargas, podemos encontrar inúmeros ícones da capital fluminense.

Na Cidade Nova, encontram-se o Arquivo Geral do Rio de Janeiro, o Sambódromo da Marquês de Sapucaí, a Praça Onze, a sede da Prefeitura — Centro Administrativo São Sebastião (CASS) — o antigo prédio-sede dos Correios e a quadra da escola de samba São Clemente — embora seja de Botafogo, assim como a maioria seus componentes.

Na região da Central do Brasil, temos a estação homônima de trens metropolitanos, o Palácio Duque de Caxias e o Campo de Santana/Praça da República.

Na Rua Uruguaiana, temos a Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (SAARA) e o Mercado popular da Uruguaiana.

Referências

  1. «A história da Avenida Presidente Vargas». História do Rio. 7 de novembro de 2012. Consultado em 29 de maio de 2024 
  2. «Metrô propõe monotrilho até a rodoviária». O Globo. 5 de setembro de 2010. Consultado em 29 de maio de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]