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Muro sul do monte do Templo e escavações de ruínas de uma construção, que segundo pesquisadores fazia parte de Acra.

Acra (em hebraico: חקרא; em grego: Aκρα) era um complexo fortificado em Jerusalém, construído por Antíoco Epifânio logo depois de seu saque da cidade, realizado em 168 a.C.. A fortaleza desempenhou um papel significativo nos eventos relacionados à Revolta dos Macabeus, e à formação do Reino Hasmoneu. Foi destruída por Simão Macabeu durante este conflito.

A localização exata da Acra, crítica para a compreensão da Jerusalém helenística, continua a ser tema de debate. Historiadores e arqueólogos propuseram diversos sítios em torno da cidade, com base principalmente em conclusões extraídas das evidências literárias. Este enfoque só começou a mudar diante das novas escavações, iniciadas no fim da década de 1960; novas descobertas provocaram a reavaliação das fontes literárias da Antiguidade, da geografia de Jerusalém e dos artefatos que haviam sido descobertos anteriormente. O arqueólogo israelense Yoram Tsafrir interpretou uma junta de alvenaria encontrada no canto sudeste do monte do Templo como uma pista para a provável localização da Acra. Durante as escavações de 1968 e 1978, realizadas pelo historiador israelense Benjamin Mazar na área adjacente ao muro sul do monte, foram descobertas evidências que podem estar relacionadas com a Acra, incluindo aposentos que se assemelham a casernas, e uma imensa cisterna.

O termo acra, no grego antigo, era utilizado para descrever outras estruturas fortificadas durante o período helenístico. Esta acra frequentemente é chamada de Acra Selêucida, para diferenciá-la de outras referências que descrevem a Baris ptolemaica como uma acra, bem como do bairro de Jerusalém que herdou este nome.


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