Ida Crouch-Hazlett

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Ida Crouch-Hazlett
Ida Crouch-Hazlett
Nascimento 1870
Chicago
Morte 1941
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
  • Universidade do Estado de Illinois
Ocupação jornalista, política, editora, suffragette

Ida Crouch-Hazlett (nascida Ida Estelle Crouch, c. 1870 – 1941) foi uma militante feminista e socialista estadunidense, proeminente nos movimentos pelo sufrágio. Crouch-Hazlett foi porta-voz e militante do Partido Socialista da América, durante as primeiras duas décadas do século 20. Em 1902, Crouch-Hazlett se tornou a primeira mulher a apresentar-se candidata ao parlamento estadunidense a partir do Colorado, quando ela concorreu para uma cadeira na câmara dos deputados.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Ida Estelle Crouch nasceu c. de 1870 em Chicago, Illinois, a filha de dois professores com formação universitária.[1] Crouch cresceu em Monmouth, Illinois, onde frequentou a escola primária, antes de se matricular em Monticello Seminary de Godfrey, Illinois.[1]Ela seguiu os estudos na Escola Normal do Estado de Illinois (uma instituição que viria a se tornar a Illinois State University) em Bloomington e mais tarde fez o curso de Economia na Universidade de Stanford.[2]

Crouch casou-se muito cedo com N. Hazlett, que morreu não muito tempo depois.[3]

Após a formatura, Crouch-Hazlett concorreu para a direção do conselho de escolas como candidata doPartido da Proibição.[4] Após essa tentativa sem sucesso, ela ocupou uma série de cargos de professor de elocução em Illinois, Colorado, Wyoming, uma ocupação que a ajudou a desenvolver suas próprias habilidades como oradora.[1]

Em 1894, Crouch-Hazlett atuou no jornalismo, trabalhando como repórter de jornal.[1] Crouch-Hazlett trabalhou para jornais de Chicago, Denver, e Leadville, Colorado, e St. Louis.[2]Ela continuou a trabalhar como jornalista nos anos 1900.[1] Enquanto estava no Colorado Crouch-Hazlett foi exposta pela primeira vez à amarga luta de classes entre mineiros e proprietários de minas, o que moldou sua visão política.

Carreira política[editar | editar código-fonte]

O início da atividade política de Crouch-Hazlett veio em 1896, quando ela foi nomeada organizadora nacional da National American Woman Suffrage Association (NAWSA).[1]

Pouco depois do início do século 20, Crouch-Hazlett começou a ver a luta pelo socialismo como um componente central da luta das mulheres por direitos iguais e o avanço do movimento socialista como parte central de seus esforços políticos.[5] Ela se juntou ao então incipiente Partido Socialista da América (SPA) no tempo de sua formação, em 1901, e, posteriormente, tornou-se uma de suas mais proeminentes vozes femininas.[1]

Em 1902, Hazlett se tornou a primeira candidata mulher para o Congresso dos EUA, no estado do Colorado, quando ela concorreu para a Casa de Representantes como líder socialista.[1]

Um historiador chamou Crouch-Hazlett "uma das mais especiais gerenciadores" do jornal do partido, observando que ela preferia atuar como "repórter", deixando detalhes técnicos e administrativos de produção do jornal a seu associado político, James D. Graham.[6]

Crouch-Hazlett terminou sua carreira como militante ainda como membro do Partido Socialista, em 1921.[1] Durante este último ano, Crouch-Hazlett foi pelo menos uma vez raptada por membros da Legião Americana, que a transportou a centenas de quilômetros antes de abandoná-la em uma área deserta.[5] Esta experiência não arrefeceu o compromisso político de Hazlett compromisso,[5] , mas coincidiu com o final de sua atividade como militante socialista.

Morte e legado[editar | editar código-fonte]

Em 1925, Crouch-Hazlett se matriculou na Universidade de Nova York , em um esforço para conseguir um Doutorado.[1] Ela morreu em Maio de 1941. Seus documentos estão no Arquivo do Partido Social-Democrata do Milwaukee County Historical Society , em Milwaukee, Wisconsin.

Notas de rodapé[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g h i j Gary M. Fink (ed.), "Ida Crouch-Hazlett," Biographical Dictionary of American Labor. Revised edition. Westport, CT: Greenwood Press, 1984; pp. 167-1687
  2. a b Solon DeLeon with Irma C. Hayssen and Grace Poole, The American Labor Who's Who. New York: Hanford Press, 1925; pp. 51-52.
  3. John A.H. Keith (ed.), Semi-Centennial History of the Illinois State Normal University, 1857-1907. Bloomington: Illinois State Normal University, 1907; pg. 288.
  4. Mari Jo Buhle, Women and American Socialism, 1870-1920.
  5. a b c Buhle, Women and American Socialism, 1870-1920, pg. 241.
  6. Jerry W. Calvert, The Gibraltar: Socialism and Labor in Butte, Montana, 1895-1920.

Trabalhos[editar | editar código-fonte]

  • "Women in the Socialist Movement," Montana News [Lewiston], June 1, 1904, pg. 1.
  • "Mrs. Hazlett Brutally Treated at Spokane," The Socialist [Seattle], whole no. 344 (September 21, 1907), pg. 1.
  • "The Socialist Movement and Woman Suffrage," Socialist Woman, vol. 2 (June 1908), pg. 5.
  • "Finale!" (poem), The New Review, vol. 1, no. 9 (March 1, 1913), pg. 276.