The Celluloid Closet (livro)

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The Celluloid Closet
The Celluloid Closet (livro)
Autor(es) Vito Russo
Idioma inglês
País  Estados Unidos
Gênero História da homossexualidade em filmes.
Editora Harper & Row
Lançamento 1981
Páginas 276
ISBN 0-06-013704-5

The Celluloid Closet: Homosexuality in the Movies é um livro de não-ficção escrito pelo historiador de cinema e ativista LGBT, Vito Russo, publicado pela primeira vez em 1981 pela editora Harper & Row.[1][2]

O livro examina a história das representações da homossexualidade no cinema, especialmente em filmes de Hollywood, desde personagens codificados como queer até retratações abertas. Uma edição revisada do livro foi publicada em 1987, com 80 páginas adicionais.[3][4]

O lançamento ocorreu após o de dois outros livros com o mesmo tema, sendo eles Screening the Sexes (1972) de Parker Tyler e Gays and Film (1977) de Richard Dyer.[5] Apesar disso, Russo afirmou na época que nenhum escritor gay havia produzido uma crítica significativa sobre a homossexualidade nos filmes.[6]

The Celluloid Closet foi precedido por uma palestra homônima, ao vivo, com exibição de trechos de filmes que Russo apresentou pela primeira vez em 1972, e continuou a realizar em faculdades, universidades e pequenos cinemas. Após a morte do autor, em 1990, foi adaptado para o documentário de mesmo nome, lançado em 1995 e dirigido por Rob Epstein e Jeffrey Friedman.[7][8]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Demian, do Seattle Gay News, escreveu que "Vito Russo traz para o seu livro a mesma riqueza de história política e social que ele usou na criação de sua palestra e exibição de filmes", e concluiu: "The Celluloid Closet é um ótimo livro para folhear. A escrita é direta, clara e envolvente. O livro é mais uma peça de história recuperada. Vito Russo criou um volume empolgante a partir de seu grande amor pelo cinema e de seu orgulho gay."[9]

O jornal The New York Times o descreveu como "um livro de referência essencial" sobre a representação da homossexualidade na indústria cinematográfica dos Estados Unidos.[10]

O crítico do livro Kirkus Reviews escreveu que "a partir de uma perspectiva séria e consciente em relação aos direitos dos gays" o autor "analisa minuciosamente a representação dos homossexuais nos filmes americanos" que vão desde a predominância da imagem do "efeminado inofensivo", a personagens consideradas "um pouco perigosa[s]".[11] Além disso, aborda o assunto em tempos de censura que tornou o tema (homossexualidade) "implicitamente presente (como uma ameaça), mas não mencionável", bem como as representações que ocorreram após o "relaxamento no Código de Cinema em 1961", seguindo até os dias atuais (1981).[11] Ele apontou como pontos positivos a documentação e pesquisa de Russo durante todo esse processo cinematográfico e como negativo "lapsos de retórica estridente", referindo-se quando Russo rotula os heterossexuais de "paranoicos" ou "homofóbicos", ao argumentar contra os papéis sexuais masculinos/femininos em si ou ao perceber declarações sexuais não explícitas".[11]

Referências

  1. Taylor, Robert (23 de junho de 1981). «Film historian wants gays to get the picture». Oakland Tribune. Oakland, California. p. C-1. Consultado em 12 de junho de 2023 – via Newspapers.com 
  2. Taylor, Clarke (9 de agosto de 1981). «Fear in Filmdom's Crowded Closet». The Los Angeles Times. Los Angeles, California. p. 21. Consultado em 12 de junho de 2023 – via Newspapers.com 
  3. Cidoni, Mike (25 de setembro de 1987). «Film historian: Homosexuals come out of celluloid closet». Argus Leader. Sioux Falls, South Dakota. p. 8A. Consultado em 12 de junho de 2023 – via Newspapers.com 
  4. Yagoda, Ben (19 de novembro de 1987). «Gays Are Ill-Served by Hollywood». Philadelphia Daily News. Philadelphia, Pennsylvania. p. 54. Consultado em 12 de junho de 2023 – via Newspapers.com 
  5. Rosenbaum, Jonathan (4 de agosto de 1981), «The Celluloid Closet: Homosexuality in the Movies», Soho News, consultado em 25 de fevereiro de 2010 
  6. Adnum, Mark (24 de agosto de 2011). «Book review: The Celluloid Closet, by Vito Russo». Bright Lights Film Journal. Consultado em 9 de setembro de 2020 
  7. Walters, Berry (10 de março de 1996). «Documenting Hollywood's homophobia». The San Francisco Examiner. p. B-9. Consultado em 12 de junho de 2023 – via Newspapers.com 
  8. Britton, Bonnie (24 de maio de 1996). «Hollywood's gays step out of 'The Celluloid Closet'». The Indianapolis News. Indianapolis, Indiana. p. D-3. Consultado em 12 de junho de 2023 – via Newspapers.com 
  9. Demian (4 de junho de 1982). «Russo's book shows socio-political history». Seattle Gay News. Seattle, Washington. p. 17. Consultado em 12 de junho de 2023 – via Newspapers.com 
  10. Holden, Stephen (9 de novembro de 1990), «Vito Russo, 44; A Historian of Film and a Gay Advocate», The New York Times, consultado em 30 de outubro de 2007 
  11. a b c «Book Reviews, Sites, Romance, Fantasy, Fiction». Kirkus Reviews (em inglês). 1 de julho de 1981. Consultado em 30 de julho de 2023. Cópia arquivada em 30 de julho de 2023